Bia gosta do Rafa, ponto.
Esta postagem não será assim, iniciada de forma convencional, até porque eu e Bia estamos um tanto saturadas de historinhas perfeitinhas e com muitos rodeios. Outra informação comum é que Bia é uma jovem como qualquer outra: 22 anos, advinda do mundo caótico - e acadêmico - da Comunicação - é alegre, extrovertida (como uma típica sagitariana), gosta de sair e de conhecer gente. E de sonhar (bastante) e de amar (mais ainda).
Bia acredita piamente em Deus; e é exatamente por ter provas de Sua existência em sua vida, é que ela crê que está numa fase em que Ele quer testar sua paciência - uma virtude que ela definitivamente não possui - até as últimas consequências.
Ela fraqueja, e volta, fortificada; cai, e levanta; desce, mas sobe novamente. Sabe quando você, de tanto ficar "brincando" na roda gigante, se sente enjoada? Eu já tô só de escrever isto. Agora, imaginemos a Bia. Oremos...
Bia costuma ter amigos realmente muito legais, que além de encherem a sua bola, pagarem alguns de seus lanches fim-de-noite e completar a conta de suas cervejas, lhe querem realmente bem - ela tanto reconhece como não tem a menor sombra de dúvida. Dentre eles, ela destaca o Fábio e a Lara. Sempre que podem, eles combinam algum dia do fim de semana e saem para festejar e beber batendo aquele velho e bom papo cabeça. Da última saída, Bia percebeu que até disto estava se cansando. Poxa, fazia um tempo que as coisas estavam fora de lugar, e seu caminho estava repleto de empecilhos.
Ela às vezes se sentia numa prova de atletismo, daquelas com obstáculos: corria 100m e parava, cansada; depois descobria que ainda tinha mais 200m; depois, mais 50km...SOCORRO!
Ela não estava mais a fim de arrumar desculpa para sair, beber e acabar por ficar se questionando o por quê disso ou daquilo estarem fora do lugar. Aí chega a hora de vocês, que sofrem ao lerem meus textos, se perguntarem: Mas afinal, o que perturba tanto a Bia? O que aflige tanto esta menina?
Como este post é em homenagem - maldita, diga-se de passagem - ao Dia dos Namorados, vamos enfatizar o Rafa. Vamos às questões objetivas:
- Eles se conhecem? (x)SIM ( )NÃO
- Possuem amigos em comum? (x)SIM ( )NÃO
- Já tiveram algum envolvimento? (x)SIM ( )NÃO
- Possuem basicamente os mesmos gostos e hábitos? (x)SIM ( )NÃO
- Rafael gosta de Beatriz? ( )SIM (x)NÃO
Opa! Problema detected. Bia gosta de Rafa, mas Rafa não gosta de Bia. Esta é a verdade. E a única verdade (infelizmente) é a realidade.
Uma vez ela ouviu de certa pessoa: "Putz Bia, relaxa, você pode ter o homem que quiser". E ela realmente é considerada uma pessoa atraente, dizem as boas línguas.
Agora então, vocês, indignaaaaados, devem estar assim:"PQP! Esquece esse cara de vez e deixa de ser idiota, caralho!" Gente, não se preocupem. Ando conversando bastante com ela, que possui a mesma opinião sobre si. Baixa auto-estima? Pode ser, mas nada muito crônico. Coisa de gente que gosta e não é correspondida mesmo. Normal. Vai querer ser Jesus agora? Se nem ele agradou a todos...paciência, baby.
Quando Rafa deixou bem claro para Bia que ela é LINDA, MARAVILHOSA, e que nunca, nunquinha teve motivo nenhum para queixar-se dela, maaaas...(AI, COMO ODIAMOS ESTE "MAS", não é mesmo?) não estava em um momento propício para a prática monogâmica, ela decidiu respirar fundo e, com uma dor inexplicável, resolveu interromper esta tórrida história de amor - vamos combinar que o "Amor" era algo altamente idealizado por ela, vamos combinar! Coitada. Tomada por uma coragem que poucas meninas teriam, seguiu, e apenas seguiu. Chega de novela mexicana! Abaixo a síndrome de Maria do Bairro! E, mais uma vez, seguiu...
Em suas andanças, várias outras opções surgiram. Quantos bons partidos! E quantos maus partidos também! ÊBA! De vez em quando errar era bom...MUITO bom!
Vez por outra Bia também sofria com a insistência de seu ex, que ligava pedindo a sua volta. Só que este caso é outra história à parte. Página virada há tempos, já. O problema da vez era o Rafa. Vamos lá, foco, Bia! Objetivo: esquecer o Rafa. Bons e maus partidos aparecendo. Os bons, às vezes nem eram tão bons assim, ou sempre acontecia algo para dar errado. Sabem aqueles desencontros desgraçados? Pois bem...
Vamos a outro questionamento: será que o problema não estava com a própria Bia?
Pode ser, também. Ela sofre de uma ansiedade que ultrapassa o seu pouco tamanho. Mas, vejam bem: ela pôs fim em um relacionamento há mais ou menos 7 meses. Apesar de saber curtir BEM os seus estados civis - o SOLTEIRA e o NAMORANDO - ela sempre preferiu este último. Chega uma hora que ser solteira cansa, sei lá. E também custa muito caro! Chega de gastar dinheiro em shows e micaretas! Abaixo a busca avassaladora por cortesias para as festas mais badaladas! Duras missões, ó céus.
Passado um certo tempo, Bia continuava aqui, e Rafa ali. Online diariamente no msn, tuitando, no orkut...ao contrário do que muitos pensavam até aqui, Bia não conseguia sentir raiva dele. Poderia até ter desejado que ele morresse assim, por umas 5 ou 6 vezes, mas raiva mesmo, isto ela não sentia. Com as experiências que já carregava em sua bagagem, ela aprendeu a não (mais) sentir e nem levar mais tristezas em seu coração.
Agora me lembrei de um trecho do Natiruts:
"Leve com você só o que foi bom, ódio e rancor não dão em nada, nada...Ouço aquele som, lembro de você, como acabou...mas, não tem nada, não! Só guardo o que foi bom no meu coração!"
E foi então, que ela mais uma vez aprendeu a amadurecer e passou a enxergar que aquele jovem no qual depositava tanta estima também tinha seus problemas e traumas. Ao invés de ficar com o orgulho ferido e xingar o Rafa para os quatro ventos, ela preferiu estender sua mão e aconselhá-lo. Longe ou perto, mas continuou presente de alguma forma a sua amizade. É tão comum uma pessoa apaixonada idealizar a outra, que só enxerga as mazelas em si. No caso da Bia, ela resolveu usar um pouco da racionalidade que havia aprendido com Rafa.
E vamos à última dúvida (Chega, né?): Será que ela ainda não se enche de esperanças por ele? A minha resposta será incansavelmente a mesma: Pode ser. E é com essa incerteza que ela vai seguindo, até um dia aparecer um bom ou um mau partido que lhe tire o Rafa da cabeça, ou que então um dia ele perceba que o maior bom partido desta história foi a Bia. Ou não.
(História baseada em fatos reais. Os nomes dos personagens foram trocados para preservar as suas identidades. Só a Priscila, que se contradiz o tempo inteiro por aqui pensando que alguém irá acreditar que Bia foi fruto de sua imaginação. Quem dera!)
Fotografias- Faculdade ; )
Há 10 anos
5 comentários:
AAAAAaaaiiiiiii Amiga, como tu escreve Bem, poxa! Já pensou em ser jornalista de moda? Devia procurar um meio p se engajar.
Quanto a declaração, bom, pra mim, nada novidade, já sabia de tudo, antes mesmo de tu postar, oura! Pode ter certeza que isso, vai fazer um bem, enorme! Se alguns não gostarem da verdade, é porque se interessam mais do que você imaginava! ;)
Orgulho de ti amiga! ;)
Caraca... nem acredito que li isso tudo! Deu até cãibra no meu cérebro.
"Marrubom" é que me diverti pra caramba, não só com esse post, mas com alguns outros e principalmente com a essência da Priscila de contar histórias, eh único.
Parabéns pelo Blog Priscilittle... Tah muito divertido, interessantíssimo os assuntos, desconhecia esse seu talento (de tantos outros)...
Mas bem, voltando para o assunto da Bia.
É muito f*** não ser correspondido sentimentalmente... Mas veja os pontos positivos de toda essa história.
Na boa, acalme seus ânimos, se você pretende esperar por ele. Ou então ponha logo uma pedra nessa historia sem arrependimentos futuros.
=O
Intrigante, devastador, prudente, assombroso, digno de atenção e, principalmente, corajoso! \o/
"no amor não há garantias"
"pra se viver do amor, há de se esquecer"
FLOR DA IDADE
Chico Buarque (Brazil) - 1975
A gente faz hora, faz fila na vila do meio-dia
Pra ver Maria
A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia
A porta dela não tem tramela
A janela é sem gelosia
Nem desconfia
Ai, a primeira festa, a primeira festa, o primeiro amor
Na hora certa, a casa aberta, o pijama aberta, a família
A armadilha
A mesa posta de peixe, deixe um cheirinho da sua filha
Ela vive parada no sucesso do rádio de pilha
Que maravilha
Ai, o primeiro copo, o primeiro copo, o primeiro amor
Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua
A gente sua
A roupa suja de cuja se lava no meio da rua
Despudorada, dada, à danada agrada andar seminua
E continua
Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor
Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo
Que amava Juca que amava Dora que amava Carlos que amava Dora
Que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava
Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava
a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha
"Chega uma hora que ser solteira cansa, sei lá. E também custa muito caro!"
- Oulha que pensamento machista! Só sobra para os namorados... kkkkkk....
Pritz, muito bom.
Como um legítimo sagitariano, com os pés no chão mantenho a cabeça nas núvens, sei como Bia pode estar se sentindo.
O melhor pra ela? Bom, é uma metralhada de auto-estima, shopping e amigos. Manter o foco é bem lema de sagitariano mesmo, mesmo que não sigamos 100% das vezes.
A gente só pode se colocar no lugar dos outros quando quisermos resolver o problema. Se o problema dela com o Rafa não tem solução [por parte dela], bem meu bem... Tequila e 'prospecção' é a solução!
Vai com tudo, Bia!
P.S.: Deverias, quem sabe, criar um quadro em seu blog pra ela! auhauhauahuaha... aiai. Adorei o blog, em geral. Bjo!
P.S.2: Sim, e cadê as saídas? Afff... Nunca mais te vi!
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