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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Meu All Star vermelho e a inclusão social

Eis que numa madrugada de sexta para sábado cá estou eu aqui, compartilhando pensamentos. Às vésperas de um show do Nando Reis aqui em Fortaleza, estive a fazer reflexões sobre o título de uma de minhas músicas preferidas sua, All Star. A letra da música em si não está me chamando atenção agora. Talvez em um momento mais próximo, mais romancista - assim espero!

Na minha adolescência, poderia roubar minha mochila, meus livros - não queria saber de estudar mesmo - e minha vida, até. Mas deixe o meu All Star vermelho! Era o mais surrado e ainda 2 dedos menor que o número do meu pé - sim, meu tesão por um All Star vermelho era tanto que, após rodar todo o Centro da cidade e achá-lo apenas em uma loja, decidi levar o número 35. E minha alegria e satisfação de me sentir aceita naquilo que chamava-se sociedade era muitíssimo maior que toda a dor dos meus dedinhos apertados! Começava então a minha jornada na inclusão social, de acordo com a tribo que eu queria pertencer. No caso em questão, queria fazer parte dos loucoskatistasroqueirospopulareseamados. Hoje essa tribo está numa versão um tanto andrógena, vai entender...

No meu colégio, que na teoria era considerado tradicional, só podia usar tênis branco, preto, ou azul. E, da minha personalidade de aborrecente difícil, quanto mais eu radicalizasse e fizesse polêmica, melhor (é difícil admitir mas, ainda carrego resquícios desta característica nos meus dias atuais. E para sempre. Há coisas que nunca irão mudar, não é mesmo?). Achava o máximo entrar desfilando no colégio com aquele par de símbolos de status de "eu sou diferente", ir parar na coordenação, levar advertência e aparecer no dia seguinte com uma assinatura falsificada da minha mãe - nunca soube fazer a do meu pai direito, droga!

Lembro desses episódios com orgulho. Hoje estudei e me formei em uma área em que posso entender e explicar que a inclusão social - e nos dias atuais, a digital - que, à primeira instância pode parecer um monte de besteira sem sentido e personalidade - é uma das maiores buscas do ser humano. Será que somente eu se sente pressionada pela velocidade das informações? Se sente fora de moda sem aquela roupa da fulaninha da novela? Mais feia porque não uso aquele cosmético milagroso? Isso é interessante também para levantar reflexões sobre àqueles que dizem seguir um estilo próprio. Será mesmo que você é único no mundo, baby?

E por falar em seguir, enquanto escrevo aqui, estou perdendo o que está rolando no Twitter. Beijos, #partiu!

1 comentários:

Unknown disse...

No meu tempo de colégio eu era muito tímido, tinha poucos amigos e era pouco popular.

O máximo de rebelião na minha juventude era usar boné que sempre eram proibidos na sala de aula (argh!)

Lembro que até a 8 série nunca tinha sido expulso da sala de aula e a minha primeira expulsão foi na aula de história com uma professora insuportável, não me lembro o direito porque.

O que realmente me começou a mudar foi minha reprovação no 2 ano. Nossa! foi o caos naquela época, porque temia muito a reação dos meus pais (medo de decepciona-los). No mesmo ano também foi o ano mais agitado até então (quase fui expulso do colégio). Reprovei em Matématica e Biologia (fuck).

A partir daí, fui me tornando mais sociavel e essa foi o máximo da minha rebeldia da adolescência.

Hoje nem eu sei meu estilo (haha) só sei que gosto de samba, do meu Flamengo e de mar. (roubando e modificando, Chico)

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