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Fortaleza, CE, Brazil
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domingo, 22 de agosto de 2010

Sem frescura

Vamos começar do início: O que seria a frescura, então?

s.f. Qualidade daquilo que é ligeiramente ou agradavelmente frio: a frescura de uma tarde de outono.
Pop. Certo ar de feminilidade; efeminação.


Bom, pegarei o significado popular para ilustrar minha situação. Não será nada abrangente, pelo contrário; até porque vocês e eu temos muitas frescuras, e quem diz que não tem, é um grande MENTIROSO. Falarei basicamente das frescuras que ocorrem por disparidades sociais.

Eu sou uma jovem de classe média, que mora em um bairro que em sua predominância é considerado subúrbio. Venho de uma família humilde, e meus pais chegaram até a passar fome. Hoje venceram na vida, e são meu grande motivo de orgulho. Sou formada por uma das melhores universidades particulares, e graças a Deus luto muito para conquistar meu lugar ao sol e meus objetivos. Por conta de meus pais sempre investirem muito para que eu sempre tivesse o melhor, acabei por conviver em ambientes privilegiados com pessoas de classes sociais bem distintas, e muitas vezes você é surpreendido por reflexos dessa convivência.

Reflexo 1 - Qual é o problema em você morar longe?

Não tenho culpa se meu pai construiu todo o nosso império no nosso bairro de subúrbio (rs). Dos bullyings corriqueiros, uma vez ouvi: "Para mim parece nem que é em Fortaleza, parece que é outra cidade". Nunca mais esqueci disso. Sério, uma pessoa dessa não sabe o que é acordar mais cedo que todo mundo, pegar um transporte alternativo com muitas pessoas, passar boa parte do seu dia nele e chegar com roupa amassada, suada e atrasada para assistir a uma aula. Parabéns, você tem condições excelentes! Palmas para você! Seria legal também respeitar quem não é tããão favorecido, não é mesmo?

Reflexo 2 - Gosto se discute?

Neste fim de semana teve uma festa considerada IMPERDÍVEL. "Você não pode perder! Todo mundo vai!" Menos eu.

Não, e nem sou daquele tipo "do contra", e também ADORO frequentar festas badaladas. Eu apenas tenho livre arbítrio de decidir para onde quero ir. Posso?

Uma pessoa no msn me disse: "Meu Deus, não acredito que tu não vai! Como é que tu prefere ir para aquele outro local? Só vai ter gente bonita! Cheio de bons partidos, mulher!" Preferindo, ué. E não senti a menor falta. Prefiro muitas vezes sair para um local mais simples, com gente mais simples - e isso não quer dizer que tal local mais simples implique que seja ruim e tenha "gente feia" - mas que possuam os mesmos valores que eu.

Valores, sabe o que é isso? Não que aconteça com frequência, mas vocês nunca sentiram uma certa sensação de vazio quando estavam nestas festas "de bons partidos"? Isso só acontece comigo?

Reflexo 3 - Twitter e suas "bem nascidas"

Existe um certo perfil no Twitter em que o autor só posta expressões como "aqui estão as mais bem nascidas" ou "os maiores sobrenomes da cidade", e sorteiam cortesias - geralmente para camarotes e espaços VIP's - que são diariamente implorados pelos seguidores.

Crítica 1: O fato de eu não pertecer a alta sociedade não faz de mim uma "bem nascida"?

Crítica 2: Gente, não tenho nadinha contra quem dá RT e participa de promoções para ganhar ingressos e tal - eu mesma participo pra caramba! Ganhar ingresso e ir para aquele evento na faixa, tem coisa melhor? - mas o que critico aqui são o fato de ter pessoas que se submetem a tuitar SUPLICANDO, PEDINDO PELO AMOR DE DEUS, para ganhar aquilo. Ah, você realmente precisa chegar a esse ponto, e muitas vezes nem ganhar nada? Fico passada.

Bom, ao contrário de como posso estar sendo interpretada por aqui, não me sinto pior do que ninguém. Pelo contrário, quem me conhece sabe que sou muito feliz do jeito que sou! =)

E se você se identifica comigo, não sei se te parabenizo ou se te desejo uma boa sorte. O que tenho certeza é que assim como eu, você é uma pessoa de verdade.

domingo, 15 de agosto de 2010

Os delírios de consumo de Priscila Ribeiro

Vocês também podem conferir este texto na íntegra no blog do Ponto Marketing!

www.pontomarketing.com

Não deixem de acessar, vale muito a pena! =)



Bom, com o intuito de ressuscitar o Ócio, que por conta de minha vida social estar mais agitada do que nunca não ando tendo muito tempo, contarei mais um interessante causo (sobre)vivido bravamente neste final de semana.



De acordo com teorias de filósofos da Escola de Frankfurt, o consumidor, como um ser completamente idiota e desatento, ao comprar algo pensa estar satisfazendo sua vontade, assim se sentindo uma pessoa completamente realizada - nem que seja por alguns momentos. A Publicidade entra com seu poder de que ao consumir tal produto, a pessoa se sentirá exclusiva. E aí eu pergunto a vocês: isto ainda se aplica aos dias atuais? Logicamente a maioria irão responder: "Nãããão, nada a ver. O consumidor de hoje é super infomado e antenado. Com a internet e as redes sociais, apenas quem pertence mesmo às classes mais baixas é que ainda pode ser considerado um distraído. Aff, que tema mais clichê, Priscila!" Clichê, é? Pois bem.


Anualmente em Fortaleza, ocorre um grande festival que, na sua teoria, é voltado para um público que curte pop rock. De uns tempos para cá ele andou perdendo força, devido a (frustradas) tentativas de mesclar outros ritmos e por sempre repetirem as mesmas atrações - algumas delas eu já sei até a ordem do repertório! Enfim, os anos foram se passando, o público cativo crescendo e envelhecendo...e o festival também, ao perder seu foco. Até todo o trabalho de comunicação em torno do evento estava deveras cansativo. "E neste ano, advinha quem o evento X trará para Fortaleza? A banda Y! Você não pode perder!". Sério mesmo, a banda Y vem para cá, pela 5ª vez consecutiva? Nossa, hein.


Para comemorar seus 10 anos de existência, resgatar aquele público fiel e conquistar uma geração de gosto duvidoso, resolveram trazer uma grande atração internacional, e melhor ainda: uma que está no auge e que atende a quase todas as preferências! E não aquelas que estão em baixa ou mesmo em fase decadente - que é o que geralmente vemos por aqui. Quanto a divulgação do evento, o grupo de comunicação responsável não deve gastar horrores, pois as emissoras de rádio e TV em que são transmitidas a propaganda são suas pertecentes (tudo bem que para conseguir um espaço para divulgar o seu pão institucional deve-se retirar alguns clientes, e muitos deles importantes para o faturamento das emissoras, mas nada que um bom profissional de atendimento não saiba contornar, não é mesmo?) e com certeza deve ter algum bom acordo e/ ou permuta com a concorrência. Deixar de anunciar na líder? Jamais!


Para quem ouve emissoras de rádio voltadas para o público jovem como eu, deve ter sentido uma baita ansiedade com aqueles teasers: "Faltam 15 dias para ser dado o início às vendas do festival X, que trará a maior banda da atualidade! Você não pode perder!" Agora sim, concordo que não poderei perder. Todos os dias, à medida que ia escutando aquela contagem regressiva sentia um certo desespero, e o pior de tudo é que eu me sentia aterrorizada ao escutar que os ingressos de primeiro lote eram estritamente limitados.


O mais engraçado é que todo mundo em minha volta reclama que não tem dinheiro, que tá tudo muito difícil, que tá cheio de dívidas, que ganha muito pouco no trabalho...e no dia D, este mesmo todo mundo estava alegremente enfrentando aquela fila vergonhosa para buscar o seu passaporte ROCK da alegria. Será que eles desviaram seu sacrificado dinheirinho de gastos "supérfluos" assim como eu, que deixei de pagar a mensalidade da faculdade que já estava atrasada? E eis o melhor argumento: "Quando é que essa atração vem para cá novamente? Vale a pena!". Admito, confesso compartilhar da mesma opinião!


Um dos pontos de venda dos ingressos era em uma loja de departamento (patrocinadora), que a cada 5 passos que você dava, se deparava com mais uma peça linda da nova coleção da marca. Parecia que gritavam: "ME COMPRE!". Por infelicidade do destino, eu estava ali, e a fila demorando demais...tá, eu confesso (de novo) que comprei algumas blusinhas e vestidinhos, mas já estou arrependida, juro! E, incessantemente escutava aquela locução insuportável que dizia para a gente correr que os ingressos já estavam acabando, e que o valor, que já era "singelo" aumentaria no segundo lote. Eu que compraria o camarote por pensar estar com um público mais selecionado, descobri que a maioria que estava ali pensava o mesmo. Droga.


Conclusão: para curtir aquela banda IMPERDÍVEL que provavelmente você nunca mais terá outra chance de ver na vida, terá de esperar, no mínimo, 5 horas numa fila com seres exóticos - desde aqueles que já te consideram uma tia, pedindo dicas porque estão indo pela primeira vez, até os outros que são de sua geração, e que você de tanto vê-los por aí já se sente íntima - com aquela voz que impregna na sua cabeça no maior estilo "Compre Batom, Compre Batom", e com toda a loja te seduzindo. Os vendedores gritavam: "Vamos aproveitar as vendas pessoal! A hora é AGORA!". Ops, alguma mensagem subliminar?


E eu, que se diz ser uma profissional de Comunicação e que conhece de cor todas estas jogatinas de marketing, sou o maior exemplo do consumidor bem informado e que mesmo assim, se deixa levar pelas artimanhas da Publicidade. Mas, o que posso fazer, se as roupas eram lindas e os ingressos iriam acabar logo se eu não comprasse? Sim, estou com um certo sentimento de culpa. Que minha loucura seja perdoada!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Antes ser idiota para as pessoas, que infeliz para si mesmo!

Ao ler este texto de autoria de Arnaldo Jabor através do e-mail de uma amiga, fiquei realmente mexida pelo seu conteúdo. "Como achei parecido comigo!", pensei.
E para aqueles que não se veem em alguma das situações nele citadas, que atirem a primeira pedra. Ou melhor, que reflitam, e se perguntem se realmente as mediocridades é que dão sentido à sua vida.




Estamos com fome de amor...


O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes
Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer.... mas???


Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível..


E não é só sexo não!


Se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalísticas...Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...


Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos....
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...


Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...


Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...


Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?


Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.


Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...


Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Sentimento de estar bem

"Quando a gente tá contente
Tanto faz o quente, tanto faz o frio, tanto faz"[1]



E é neste ritmo que relato para vocês mais um episódio de Bia. Mas antes, duas coisinhas:

1 - Aproveitando a deixa de um comentário anterior de um colega, tô levando a idéia de fazer um quadro sobre as historinhas de Bia a sério. Que tal "As peripécias de Bia"? Deem sua opinião.

2 - Gostaria de deixar BEM claro: Saibam separar as coisas, a personagem da atriz, se é que há uma, se é que há outra. Para bom entendedor, já disse tudo. E, para quem não entendeu, lamento.



Bia encontra-se mais feliz que pinto no lixo - sim, ela está basicamente de acordo com esta expressão tosca, fazer o quê.

Palavras-chave: surpresa, dia dos namorados, antigo amor.


Já fazia algum tempo que uma onda de flashbacks habitava sua vida. Sim, houve certos momentos que todos os seus ex reapareceram de uma vez só. "Ah, vão curar sua carência com outra!", pensava. Mas um em especial mexia sempre com seu coração. Sabe aqueles amores antigos que a gente jura de pés juntos que nunquinha existirão mais nada entre vocês, porque "passado é passado" e porque "se fosse bom, não seria ex"?
Pois bem, vamos lá...vamos morder a nossa língua minha gente!

A princípio, seria só uma ligação, um e-mail respondido e uma saída casual. Mas não. Ela percebeu que algo inacabado estava ali, presente entre os dois. Ele saíra de um namoro tumultuado. Ela, que já vivera isso com outro há algum tempo, estava desiludida por expectativas frustradas. "Os dois estão muito frágeis, muito carentes! Mal-amados?", vocês devem pensar. Mas Bia me jurou que não foi nada disso. Até porque não foi uma coisa do nada, pois não se sabia o por quê, ele era o único ex que ela fazia questão de não perder contato. Definitivamente, as coincidências não existem, e nada, mas nadinha mesmo nesta vida é por acaso.

Os dois riam no meio do cinema lembrando do quanto eram infantis na época da adolescência. Os dois reconheceram o quanto aprenderam um com o outro. Logo um simples olhar traduziu que era hora de recomeçar do zero e de uma forma mais madura. Bia nem lembra qual filme assistiu, de tão divertido e mágico que estava sendo olhar para aquele rosto tão conhecido e amado - e que iria amar de novo.


E claro, como nesta vida não se vive só de amor, os outros campos da vida de Bia estão se mexendo num ritmo de samba, daqueles gostosos de dançar:

"Chega de fazer fumaça
De contar vantagem
Quero ver chegar junto
Prá me juntar, eh!
Me fazer sentir mais viva
Me apertar o corpo e a alma
Me fazendo suar
Quero beijos sem tréguas
Quero sete mi'léguas
Sem descansar
Quero ver, se você tem atitude
Se vai encarar!"[2]


Importantes acontecimentos, novos horizontes, novos projetos, novas pessoas, novo tudo.

Sinto que ela está caminhando muito bem, e sinto mais uma vez a mão de Deus na sua vida. Digo, digo, não só a mão, mas os dois braços, que lhe envolve dando um enorme abraço. Agora é que vai ser difícil segurar tanta vitalidade e boas energias. E, particularmente, a Bia merece os meus parabéns por mais uma vez saber dar a volta por cima - como sempre. O culto ao exagero e à dramaticidade sempre foram grandes aliados em sua vida. Muito boa sorte nesta nova caminhada!





PS - Gente, mas cadê o Rafa? Alguém se lembra dele? Eu não, nem a Bia. Quem perdeu foi ele, não ela. Que ele seja feliz. Auto-estima mode on!




[1]Gal Costa - Barato Total
[2]Mart'nália - Cabide

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dia dos (sem) Namorados em: O desabafo

Bia gosta do Rafa, ponto.


Esta postagem não será assim, iniciada de forma convencional, até porque eu e Bia estamos um tanto saturadas de historinhas perfeitinhas e com muitos rodeios. Outra informação comum é que Bia é uma jovem como qualquer outra: 22 anos, advinda do mundo caótico - e acadêmico - da Comunicação - é alegre, extrovertida (como uma típica sagitariana), gosta de sair e de conhecer gente. E de sonhar (bastante) e de amar (mais ainda).

Bia acredita piamente em Deus; e é exatamente por ter provas de Sua existência em sua vida, é que ela crê que está numa fase em que Ele quer testar sua paciência - uma virtude que ela definitivamente não possui - até as últimas consequências.

Ela fraqueja, e volta, fortificada; cai, e levanta; desce, mas sobe novamente. Sabe quando você, de tanto ficar "brincando" na roda gigante, se sente enjoada? Eu já tô só de escrever isto. Agora, imaginemos a Bia. Oremos...

Bia costuma ter amigos realmente muito legais, que além de encherem a sua bola, pagarem alguns de seus lanches fim-de-noite e completar a conta de suas cervejas, lhe querem realmente bem - ela tanto reconhece como não tem a menor sombra de dúvida. Dentre eles, ela destaca o Fábio e a Lara. Sempre que podem, eles combinam algum dia do fim de semana e saem para festejar e beber batendo aquele velho e bom papo cabeça. Da última saída, Bia percebeu que até disto estava se cansando. Poxa, fazia um tempo que as coisas estavam fora de lugar, e seu caminho estava repleto de empecilhos.


Ela às vezes se sentia numa prova de atletismo, daquelas com obstáculos: corria 100m e parava, cansada; depois descobria que ainda tinha mais 200m; depois, mais 50km...SOCORRO!


Ela não estava mais a fim de arrumar desculpa para sair, beber e acabar por ficar se questionando o por quê disso ou daquilo estarem fora do lugar. Aí chega a hora de vocês, que sofrem ao lerem meus textos, se perguntarem: Mas afinal, o que perturba tanto a Bia? O que aflige tanto esta menina?

Como este post é em homenagem - maldita, diga-se de passagem - ao Dia dos Namorados, vamos enfatizar o Rafa. Vamos às questões objetivas:

- Eles se conhecem? (x)SIM ( )NÃO
- Possuem amigos em comum? (x)SIM ( )NÃO
- Já tiveram algum envolvimento? (x)SIM ( )NÃO
- Possuem basicamente os mesmos gostos e hábitos? (x)SIM ( )NÃO
- Rafael gosta de Beatriz? ( )SIM (x)NÃO

Opa! Problema detected. Bia gosta de Rafa, mas Rafa não gosta de Bia. Esta é a verdade. E a única verdade (infelizmente) é a realidade.


Uma vez ela ouviu de certa pessoa: "Putz Bia, relaxa, você pode ter o homem que quiser". E ela realmente é considerada uma pessoa atraente, dizem as boas línguas.


Agora então, vocês, indignaaaaados, devem estar assim:"PQP! Esquece esse cara de vez e deixa de ser idiota, caralho!" Gente, não se preocupem. Ando conversando bastante com ela, que possui a mesma opinião sobre si. Baixa auto-estima? Pode ser, mas nada muito crônico. Coisa de gente que gosta e não é correspondida mesmo. Normal. Vai querer ser Jesus agora? Se nem ele agradou a todos...paciência, baby.

Quando Rafa deixou bem claro para Bia que ela é LINDA, MARAVILHOSA, e que nunca, nunquinha teve motivo nenhum para queixar-se dela, maaaas...(AI, COMO ODIAMOS ESTE "MAS", não é mesmo?) não estava em um momento propício para a prática monogâmica, ela decidiu respirar fundo e, com uma dor inexplicável, resolveu interromper esta tórrida história de amor - vamos combinar que o "Amor" era algo altamente idealizado por ela, vamos combinar! Coitada. Tomada por uma coragem que poucas meninas teriam, seguiu, e apenas seguiu. Chega de novela mexicana! Abaixo a síndrome de Maria do Bairro! E, mais uma vez, seguiu...


Em suas andanças, várias outras opções surgiram. Quantos bons partidos! E quantos maus partidos também! ÊBA! De vez em quando errar era bom...MUITO bom!


Vez por outra Bia também sofria com a insistência de seu ex, que ligava pedindo a sua volta. Só que este caso é outra história à parte. Página virada há tempos, já. O problema da vez era o Rafa. Vamos lá, foco, Bia! Objetivo: esquecer o Rafa. Bons e maus partidos aparecendo. Os bons, às vezes nem eram tão bons assim, ou sempre acontecia algo para dar errado. Sabem aqueles desencontros desgraçados? Pois bem...

Vamos a outro questionamento: será que o problema não estava com a própria Bia?
Pode ser, também. Ela sofre de uma ansiedade que ultrapassa o seu pouco tamanho. Mas, vejam bem: ela pôs fim em um relacionamento há mais ou menos 7 meses. Apesar de saber curtir BEM os seus estados civis - o SOLTEIRA e o NAMORANDO - ela sempre preferiu este último. Chega uma hora que ser solteira cansa, sei lá. E também custa muito caro! Chega de gastar dinheiro em shows e micaretas! Abaixo a busca avassaladora por cortesias para as festas mais badaladas! Duras missões, ó céus.

Passado um certo tempo, Bia continuava aqui, e Rafa ali. Online diariamente no msn, tuitando, no orkut...ao contrário do que muitos pensavam até aqui, Bia não conseguia sentir raiva dele. Poderia até ter desejado que ele morresse assim, por umas 5 ou 6 vezes, mas raiva mesmo, isto ela não sentia. Com as experiências que já carregava em sua bagagem, ela aprendeu a não (mais) sentir e nem levar mais tristezas em seu coração.


Agora me lembrei de um trecho do Natiruts:

"Leve com você só o que foi bom, ódio e rancor não dão em nada, nada...Ouço aquele som, lembro de você, como acabou...mas, não tem nada, não! Só guardo o que foi bom no meu coração!"


E foi então, que ela mais uma vez aprendeu a amadurecer e passou a enxergar que aquele jovem no qual depositava tanta estima também tinha seus problemas e traumas. Ao invés de ficar com o orgulho ferido e xingar o Rafa para os quatro ventos, ela preferiu estender sua mão e aconselhá-lo. Longe ou perto, mas continuou presente de alguma forma a sua amizade. É tão comum uma pessoa apaixonada idealizar a outra, que só enxerga as mazelas em si. No caso da Bia, ela resolveu usar um pouco da racionalidade que havia aprendido com Rafa.

E vamos à última dúvida (Chega, né?): Será que ela ainda não se enche de esperanças por ele? A minha resposta será incansavelmente a mesma: Pode ser. E é com essa incerteza que ela vai seguindo, até um dia aparecer um bom ou um mau partido que lhe tire o Rafa da cabeça, ou que então um dia ele perceba que o maior bom partido desta história foi a Bia. Ou não.



(História baseada em fatos reais. Os nomes dos personagens foram trocados para preservar as suas identidades. Só a Priscila, que se contradiz o tempo inteiro por aqui pensando que alguém irá acreditar que Bia foi fruto de sua imaginação. Quem dera!)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

De musical e drama, toda vida tem um pouco

Devo confessar que ainda estou aprendendo a mexer nesse negócio. Não me repreendam, por favor! Rs.

Estou a postar alguns vídeos de cenas de alguns dos meus filmes favoritos - sim, que me desculpem os outros gêneros, mas dramas, musicais e romances são fundamentais, pelo menos na minha vida, que, sem querer (será?), insiste em se inspirar neles.


Um lugar chamado Notting Hill - 1999



Peixe Grande e suas histórias maravilhosas - 2003



Antes do Pôr-do-Sol - 2004



Duets - 2000



Dirty Dancing 2 - Havana Nights - 2004

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Bastidores do apto 6005

Bastidores do apto 6005

Andando pelo corredor, bebendo água e admirando a Av. Aguanambi vazia do 6º andar de um hospital...a madrugada para mim é mesmo sempre inspiradora.

Com a certeza de que passei no exame de coração - mais especificamente, de epilepsia - é que contarei a loucura que foi o dia de hoje - um dos dias mais complicados e difíceis da minha vida. Mas também um dos dias mais felizes e gratificantes para meu crescimento como ser humano.

Enfim saberia o dia que entraria na faca - não aguento mais esperar! E também acompanharia o procedimento cirúrgico da minha mãe. O dia já se inicia muito bem, obrigada - depois de recebida a minha guia de internação, quando fui autorizar o exame (burocracia²), descubro que agora teria que ir ao outro posto do meu digníssimo plano de saúde para fazer isto (burocracia³), para daí voltar para este lugar que cá ainda estou para reservar o tão esperado dia da alegria (burocracia³³³³³). FODA-SE! Tinha que cuidar da minha mãe. Sei que também é considerado meio que uma banalidade, que eles não tem obrigação de oferecer isso, e blá blá blá, mas...PORRA, aqui também não tem acesso a internet wireless? "Caralho... que plano de saúde de MERDA!", não pensei, indaguei mesmo. Ganhei um "sua destrambelhada" do meu pai.

Crítica nº 50: pedem para a gente chegar não sei quantas horas antes da prevista para a internação. Aí ficamos jogados, aos porcos na recepção. Como não adquiri meu sangue quente de chocadeira, eis que minha mãe, inconformada com nossa situação e com a de outros pacientes, resolve dar sua contribuição aos barracos de hoje. E digo mais! Se não fosse sua opinião ali, desesperada, acho que ainda estaríamos esperando até agora - são exatamente, 1:30 da manhã do dia 27 de maio de 2010.

Durante nossa longa espera, ouvimos casos surreais comparados com o nosso, com o que a gente é acostumado a lidar no nosso dia-a-dia. Ao mesmo tempo que me sentia tão distante daquela realidade, tava ali, tão perto daquelas pessoas. Contarei dois.

O primeiro era de uma pobre mãe que vinha frequentemente de Russas para Fortaleza fazer uma série de tratamentos no seu filho. Depois de ter 7 abortos espontâneos (!), ela conseguiu "segurar" aquele frágil menininho que ainda nasceu com problemas. Tinha um tumor no cérebro, e não poderia em hipótese alguma operá-lo para retirar. Ainda com sintomas anestésicos, ele pedia o relógio para a mãe, que tentava trazê-lo novamente para a realidade com uma bala Pipper.

O outro caso eu morri de rir. Uma senhora com uma bebezinha linda, de 1 aninho. Estavam ali porque a criança tinha tomado a vacina horrorosa da H1N1 e sofreu grandes efeitos colaterais: simplesmente não estava conseguindo mais andar, acreditam? Chocada. Mas a parte engraçada fica por conta de como esta mulher concebeu a menininha. Tinha 3 meses de gravidez e não sabia, "tomando remédio e usando camisinha, não era possível!", dizia. Fiquei tão impressionada com a fertilidade desta mulher que ela já tinha históricos de gravidezes assim, "suuuper prevenidas", de gêmeos, trigêmeos...a da Ana Carolina era de gêmeos, mas ao sofrer um aborto espontâneo, o menino não quis vir ao mundo. E a Carolzinha...ah, Carolzinha danada! A mãe contando que a menina com 8 meses "deu um mortal" e caiu do berço, saiu rolando pelas escadas e quebrou o nariz - "ou eu deixava ela quebrar o nariz ou eu não terminaria de lavar os pratos!", e Carolzinha tava lá, alegre, sorridente, e morrendo de fome, querendo comer um pedaço da mesa da recepção.

Agora vem o motivo do título: ficamos no sexto andar, apto 6005. A espera é tão fatídica e nervosa, impressionante. Eu e minha mãe, com os nervos já saindo do corpo. Ah, vai, vou cochilar um pouco - havia dormido apenas 2 horas de anteontem para ontem. Quando de repente, o maqueiro! Parecendo apresentador de programa. "BOA TARDE!!! Vamos lá?" Vamos, né. Tinha outro jeito?

As horas que viriam a seguir seriam terrívelmente nervosas. Não sei sinceramente o que é o pior: você estar ali, sendo operada, ou estar lá fora, aguardando notícias. Como eu já havia passado pela mesma cirurgia há 4 anos atrás, sabia que em uma hora e meia pelo menos, minha mãe estaria na sala de recuperação. Eram 2 da tarde quando ela entrou na sala. "Deus te abençoe, minha filha". E Deus fique com você, mamãe.

Enquanto aguardava, sem querer fiquei servindo de colo para uns - e querendo me aproveitar do colo de outros. Ouvi algumas histórias, contei as minhas. Conheci uma moça cuja mãe estava na UTI há 2 semanas, com problemas no coração. Tal moça há um tempo atrás havia sido diagnosticada com CA, na tireóide. Fez quimioterapia, perdeu os cabelos. E hoje estava ali, feliz da vida, falante e super cabeluda. Concluí que Deus realmente ajuda o ser humano nos momentos de dor, pois ali era um exemplo de força e superação. Força esta que ainda era dada para suportar estar ali, aguardando pela saúde da mãe.

Outra coisa também super importante que percebi é que ali estávamos em um profundo trabalho de troca, e essa gentileza, ao mesmo tempo que tava naquele nervoso, me causava uma profunda sensação de esperança e otimismo em relação às nossas vidas. Fiquei com uma felicidade inexplicável ao ouvir um "Obrigada" de uma paciente de cadeira de rodas, ao ajudá-la a chamar o elevador.

No ambiente em que estava, constituia-se basicamente de três cenários: a janelinha do centro cirúrgico, onde vez por outra vinha alguém gritando feito "Pamonha, pamonha!", e perguntava pelo "Acompanhante do paciente Fulano! Ele já está na recuperação!"; a própria sala de recuperação, na qual nosso acesso restringia-se por um interfone - que a cada 15 minutos eu apertava, incessantemente. Porra, cadê minha mãe? - e as longas salas de espera, nas quais eu sentava, transitava, assistia TV, chorava, falava ao celular...tenso.

Deus e o mundo me ligava para saber como estávamos; claro que meu pai, a cada 5 minutos. Eu até tentava equilibrar minha emoção, só que, como estão lendo, muitos fatores não contribuiam para isto; meu pai também não foi exceção. Eu parecia que estava numa competição: ia até a janelinha, batia mãozinhas com os enfermeiros e partia correndo para o interfone, onde terminava o circuito com os outros. Muitas informações desencontradas, e já fazia 3 horas que minha mãe tava lá dentro. Ai, meu Deus! "Paaai, chega looogo!"

O pior de tudo foi quando depois de meia hora que a enfermeira da janelinha disse que minha mãe já estava na sala de recuperação, fui nesta última para saber se ela já tinha acordado. "Não, aqui não tem nenhuma paciente com este nome!" O quêêêê? Eu fiquei a mais louca desse planeta. Meu Deus, já era de noite e cadê minha mãe no fim das contas? Foi quando a mesma voltou rapidamente, dizendo que ela estava lá, "era porque tava no último leito, e não a vi, desculpa!". Minha vontade de matá-la só passou mesmo depois que falei com o próprio médico cirurgião na janelinha. Falei que, se eles tivessem feito um complô para me matar ali, que tivessem me avisado antes. Não sei brincar disso!

Ah, depois foi só alegria. Meu pai, tia e mais visitas já nos aguardavam no 6005. Tô aqui passando a noite em claro cuidando dela. Tá aqui puta de raiva porque não pode se mexer, hauhauahua. E, na verdade, correu tudo na mais absoluta normalidade. Eu passando pelos corredores, o povo tudo falando comigo. Fiquei conhecida no hospital inteiro. Por que será mesmo, hein?

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Meu All Star vermelho e a inclusão social

Eis que numa madrugada de sexta para sábado cá estou eu aqui, compartilhando pensamentos. Às vésperas de um show do Nando Reis aqui em Fortaleza, estive a fazer reflexões sobre o título de uma de minhas músicas preferidas sua, All Star. A letra da música em si não está me chamando atenção agora. Talvez em um momento mais próximo, mais romancista - assim espero!

Na minha adolescência, poderia roubar minha mochila, meus livros - não queria saber de estudar mesmo - e minha vida, até. Mas deixe o meu All Star vermelho! Era o mais surrado e ainda 2 dedos menor que o número do meu pé - sim, meu tesão por um All Star vermelho era tanto que, após rodar todo o Centro da cidade e achá-lo apenas em uma loja, decidi levar o número 35. E minha alegria e satisfação de me sentir aceita naquilo que chamava-se sociedade era muitíssimo maior que toda a dor dos meus dedinhos apertados! Começava então a minha jornada na inclusão social, de acordo com a tribo que eu queria pertencer. No caso em questão, queria fazer parte dos loucoskatistasroqueirospopulareseamados. Hoje essa tribo está numa versão um tanto andrógena, vai entender...

No meu colégio, que na teoria era considerado tradicional, só podia usar tênis branco, preto, ou azul. E, da minha personalidade de aborrecente difícil, quanto mais eu radicalizasse e fizesse polêmica, melhor (é difícil admitir mas, ainda carrego resquícios desta característica nos meus dias atuais. E para sempre. Há coisas que nunca irão mudar, não é mesmo?). Achava o máximo entrar desfilando no colégio com aquele par de símbolos de status de "eu sou diferente", ir parar na coordenação, levar advertência e aparecer no dia seguinte com uma assinatura falsificada da minha mãe - nunca soube fazer a do meu pai direito, droga!

Lembro desses episódios com orgulho. Hoje estudei e me formei em uma área em que posso entender e explicar que a inclusão social - e nos dias atuais, a digital - que, à primeira instância pode parecer um monte de besteira sem sentido e personalidade - é uma das maiores buscas do ser humano. Será que somente eu se sente pressionada pela velocidade das informações? Se sente fora de moda sem aquela roupa da fulaninha da novela? Mais feia porque não uso aquele cosmético milagroso? Isso é interessante também para levantar reflexões sobre àqueles que dizem seguir um estilo próprio. Será mesmo que você é único no mundo, baby?

E por falar em seguir, enquanto escrevo aqui, estou perdendo o que está rolando no Twitter. Beijos, #partiu!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mudanças do Outono

Resolvi, depois de quase um mês da existência deste endereço eletrônico e, para não mais fazer jus ao seu nome, contar um pouco sobre minha vida.

Como todos os próximos - e os não tão próximos assim - sabem, desde o começo deste ano estou passando por períodos de intensas transformações. Normalmente o que se vê por aí são mudanças em um setor de nossa vida de cada vez. Já comigo, foi tudo ao mesmo tempo, e tive que saber como lidar com isso.

Então, para não pirar de vez, resolvi viver. Sim, mais do que eu já vivo e mais do que eu sempre vivi. Sou conhecida - e por que não admirada? - pelo modo como levo minha vida e vejo seus acontecimentos. E, com tudo isso, estou ganhando duas coisas que jamais parei por um só instante de minha vida para valorizá-las: tempo, e com ele, a paciência. Paciência para esperar, ou para não esperar mesmo; esperar resultados, esperar consultas, e não esperar demais das pessoas. Paciência para ouvir, para compreender, para AMADURECER.

Com experiência pouca para ainda quem está engatinhando e que sempre quis abraçar o mundo com as pernas, eu lhes digo: a vida ENSINA. E você, seja um bom aluno e fique atento com as lições e ensinamentos que Deus está lhe propondo. Uma espécie de teste, ou "Por que isso só acontece comigo?" Clichê, de tão normal que é.

E, para quem me conhece e sabe como sou, eu continuo a mesma de sempre. Só que mudei, pra melhor. Por mais que as dificuldades estejam aí na minha e nas suas vidas, respiraremos fundo e diremos: "Vida, seja bem-vinda, agora serei um verdadeiro adulto e encararei tudo de frente", até porque a idade já bateu à minha porta.

Obviamente, não sigo esta última frase ao pé da letra. Enquanto as coisas não se encaixarem do jeito que elas devem estar, as fugas serão corriqueiras - e levarei todas essas experiências vividas dentro do meu leque das boas lembranças.

Já minha emoção, no entanto, ela sempre irá existir. Às vezes poderei fazer de tudo para não demonstrá-la, mas no fundo ela ficará guardada ali, juntamente com a minha essência.


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